A iniciativa, coordenada por Augusto Santos Silva, visa reposicionar o PS como uma "grande casa da democracia" e preparar o futuro do partido.
Este movimento estratégico de José Luís Carneiro representa uma clara tentativa de consolidar a sua liderança e alargar a base de influência do Partido Socialista, um mês após a sua eleição. Ao reunir um leque tão vasto e diversificado de personalidades, que inclui desde antigos ministros dos governos de António Guterres e António Costa, como António Vitorino, Eduardo Ferro Rodrigues e Fernando Medina, até figuras de outros quadrantes políticos como Filipe Lobo d'Ávila, Carneiro procura projetar uma imagem de um partido agregador e com capacidade governativa.
O próprio líder socialista afirmou, sem “falsas modéstias”, que o conselho tem “personalidades, competências e capacidades para formar, não é um, é vários governos”.
Esta declaração posiciona o órgão não apenas como um think tank, mas como uma espécie de governo-sombra, pronto a apresentar alternativas às políticas da AD. A escolha de Augusto Santos Silva para a coordenação reforça a mensagem de continuidade com a ala mais experiente do partido, enquanto a inclusão de independentes e de uma figura do centro-direita sinaliza uma ambição de ocupar o espaço central do espectro político, disputando-o diretamente com o atual governo.