A estratégia, delineada pelo líder Luís Montenegro, visa reverter o equilíbrio de poder local, atualmente favorável ao PS.
Segundo dados da coordenação autárquica do partido, o PSD concorrerá sozinho em 149 autarquias, mas estabeleceu 156 coligações, na sua maioria com o CDS-PP, mas também com a Iniciativa Liberal (IL) em 23 municípios, demonstrando uma nova abertura a alianças à direita.
Os acordos em Lisboa, onde a IL se junta ao apoio à recandidatura de Carlos Moedas, e no Porto, com a candidatura de Pedro Duarte, são emblemáticos desta abordagem. A aposta nas áreas metropolitanas é vista como crucial, onde o partido espera não só manter bastiões como Lisboa e Cascais, mas também conquistar autarquias onde os presidentes atuais atingiram o limite de mandatos, como Porto e Sintra.
A estratégia inclui ainda o apoio a oito candidatos independentes, como Isaltino Morais em Oeiras e a ex-autarca da CDU Maria das Dores Meira em Setúbal, uma decisão que gerou alguma contestação interna mas que revela pragmatismo na procura de vitórias.