O Ministério da Saúde, que solicitou a inspeção, declarou que o documento aponta “várias falhas no INEM em prejuízo para o Estado”.
Entre os problemas identificados estão a falta de fiscalização das horas de voo dos helicópteros, o que coloca o Estado em risco de pagar mais, e a inexistência de “mecanismos instituídos de controlo e registo automático”. A auditoria, que abrangeu o período da presidência de Luís Meira, que se demitiu em julho de 2024, concluiu também que os trabalhadores do INEM realizaram, em média, o equivalente a 84 dias de trabalho extraordinário em 2024 para assegurar o funcionamento do serviço, o que custou 28,4 milhões de euros em quatro anos. Além disso, o número de chamadas não atendidas disparou para 133 mil em 2024. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) lamentou o “esquema” que permitiu o pagamento de horas extra a dirigentes e defendeu que a nomeação de um novo presidente para o INEM só deve ocorrer após a conclusão do relatório da comissão técnica independente, para não alimentar mais instabilidade.