Há um ano, o Presidente recordou ter ouvido a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, expressar a esperança de que a situação vivida em 2024 não se repetisse em 2025.
Agora, numa resposta ao jornal Público, Marcelo afirma que “espera o fim do verão para, eventualmente, formular juízo sobre a matéria”.
Esta declaração surge num contexto em que se mantêm os encerramentos alternados de vários serviços de urgência, especialmente de ginecologia, obstetrícia e pediatria, devido à falta de médicos para assegurar as escalas. A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares considera a pressão presidencial “pouco útil”, defendendo a necessidade de “reformas estruturais” e recusando associar os encerramentos apenas ao período de férias. A posição de Marcelo Rebelo de Sousa coloca a Ministra da Saúde e o Governo sob um intenso escrutínio público, transformando a gestão da crise das urgências num teste crucial à sua capacidade de governação.