Esta estratégia inédita demonstra a forte aposta do partido na expansão do seu poder local e na capitalização dos resultados obtidos nas últimas eleições legislativas.
A análise desta tática revela uma mobilização total dos seus principais ativos políticos para consolidar a sua implantação territorial.
Dos 59 deputados candidatos, 44 serão cabeças de lista a câmaras municipais e 15 a assembleias municipais, sendo André Ventura o único membro da bancada a não integrar as listas.
A coordenação autárquica do partido justifica a decisão como uma forma de “valorizar a ligação entre o poder local e o trabalho desenvolvido a nível nacional”, considerando que a presença dos deputados representa “uma mais-valia para as comunidades locais”.
Entre os nomes mais sonantes estão o líder parlamentar Pedro Pinto, candidato em Faro, e a líder da juventude do partido, Rita Matias, em Sintra.
A ambição do Chega é clara: apresentar listas próprias nos 308 concelhos e tornar-se a maior força no poder local.
Esta estratégia de colocar quase toda a sua representação parlamentar na linha da frente das autárquicas é um movimento de alto risco, mas que sinaliza a prioridade máxima que o partido atribui a estas eleições para se afirmar como uma força dominante em todo o território nacional.