A candidatura, encabeçada pela socialista Alexandra Leitão, conta com o apoio de PS, Livre, Bloco de Esquerda e PAN, e terá o antigo comissário europeu António Vitorino como mandatário, num sinal de união e força para tentar derrotar o atual presidente, Carlos Moedas.
A análise desta aliança revela uma reconfiguração estratégica da esquerda na capital.
A escolha de António Vitorino, uma figura de peso do socialismo português e que chegou a ser ponderado para as eleições presidenciais, como mandatário é vista como um gesto para agregar e dar credibilidade à candidatura. A fonte oficial da coligação afirmou que a indicação foi “uma escolha de Alexandra Leitão”.
A lista para a vereação reflete o equilíbrio de forças da coligação, com os primeiros lugares a serem ocupados por nomes do PS, seguidos por representantes do Livre, BE e PAN. Para a Assembleia Municipal, o cabeça de lista será André Moz Caldas, ex-secretário de Estado da Presidência de Ministros.
A formação desta coligação representa um esforço concertado para evitar a fragmentação do voto à esquerda, que em eleições anteriores beneficiou a direita.
O objetivo é claro: apresentar uma frente unida e uma alternativa de governação credível ao executivo de Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta.