A deputada Rita Matias tinha, no dia anterior, divulgado os mesmos nomes num vídeo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a abertura do inquérito, que surge após queixas de várias entidades e de um processo de averiguações da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). André Ventura reagiu à notícia manifestando “respeito pela justiça portuguesa”, mas mostrou-se confiante de que o caso será arquivado, enquadrando as suas declarações na “liberdade política, de ação política e de discurso político”. O antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, embora considerando o ato “repugnante”, manifestou discordância com a intervenção do MP, afirmando ser “muito perigoso” para a separação de poderes e para a liberdade de expressão parlamentar. Este inquérito representa um momento de tensão entre o poder político e o judicial, testando os limites da atuação dos deputados e as consequências de discursos considerados discriminatórios.