No entanto, as propostas foram vistas como um “retrocesso de 10 anos” pelo PS e uma “declaração de guerra aos trabalhadores” pela CGTP.
A polémica intensificou-se com as declarações da ministra sobre alegados “abusos” na licença de amamentação, afirmando que há mulheres que a prolongam “até à escola primária”. Posteriormente, uma ex-assessora da ministra, Elsa Gomes, defendeu que a CPCJ devia intervir em casos de amamentação após os dois anos, considerando que “nenhuma mulher normal” o faz.
Estas declarações foram amplamente criticadas, inclusivamente pela líder do PAN, Inês Sousa Real, que as considerou uma “falta de noção”. A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) veio a público informar que, nos últimos cinco anos, não registou qualquer queixa de abuso por parte de trabalhadoras, mas sim 23 casos de desrespeito à lei por parte de empresas. Juristas como Garcia Pereira alertaram que a proposta para simplificar despedimentos, dispensando a audição de testemunhas, “viola princípios constitucionais”.
O Chega, por sua vez, estabeleceu “linhas vermelhas” e desafiou o PSD para uma proposta conjunta, procurando excluir o PS das negociações.














