A corrida pela capital reflete as novas dinâmicas políticas nacionais, com coligações à esquerda e à direita a tentarem consolidar o seu poder.

Em Lisboa, a coligação “Por ti, Lisboa”, que apoia a recandidatura de Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), anunciou Margarida Mano como cabeça de lista à Assembleia Municipal.

Ex-ministra da Educação no governo de Passos Coelho e atual presidente da Transparência Internacional Portugal, a sua escolha é vista por Moedas como um reforço do “debate democrático” e da “fiscalização ativa”.

Do outro lado, a coligação “Viver Lisboa” (PS/Livre/BE/PAN), liderada por Alexandra Leitão, formalizou a sua candidatura, tendo como mandatário o histórico socialista António Vitorino. Leitão criticou Carlos Moedas por gerar “insegurança em Lisboa por ter abandonado algumas zonas da cidade”.

O PS viu-se forçado a renovar seis candidatos a presidentes de junta que atingiram o limite de mandatos.

Noutros pontos do país, a movimentação é igualmente intensa.

Em Faro, uma sondagem aponta para uma ligeira vantagem do candidato do PS, António Miguel Pina, sobre Cristóvão Norte (coligação de direita) e Pedro Pinto (Chega).

O Chega, aliás, aposta forte no poder local, candidatando 59 dos seus 60 deputados a vários órgãos autárquicos, numa estratégia de capitalizar os resultados das legislativas e afirmar-se como a maior força local.