O anúncio de João Cotrim de Figueiredo, confirmado em entrevista televisiva, introduz um forte candidato da área liberal que visa mobilizar um eleitorado que “não se revê” nos candidatos já perfilados, com um foco particular nos “mais dinâmicos, o mais jovens”. O eurodeputado declarou a intenção de construir uma “candidatura mais abrangente” e aberta “a toda a gente que consiga imaginar um Portugal diferente do que ele é hoje”, para além do seu partido.
Esta candidatura posiciona-se como um desafio direto a Luís Marques Mendes no espaço de centro-direita, podendo dividir o eleitorado.
Em simultâneo, a retirada de António Sampaio da Nóvoa, que justificou a decisão afirmando não estarem “reunidas as condições para uma candidatura aberta e plural, humanista, transversal”, deixa um vazio na esquerda moderada. Esta decisão foi imediatamente capitalizada por António José Seguro, que apelou à convergência de “todos os humanistas, democratas e progressistas” em torno da sua candidatura, que considera “aberta”. O cenário presidencial conta agora com nomes confirmados como Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes, António José Seguro e António Filipe (apoiado pelo PCP), aguardando-se ainda a decisão do Chega, que deverá anunciar o seu candidato em setembro.
A nova configuração sugere uma potencial fragmentação à direita e uma consolidação à esquerda, antecipando uma disputa eleitoral competitiva e com novas dinâmicas de influência.














