A inoperacionalidade simultânea dos três aviões Canadair, meios aéreos pesados essenciais no combate, expôs uma vulnerabilidade crítica no dispositivo nacional.

A situação obrigou o Governo a acionar o mecanismo de cooperação bilateral com Marrocos para garantir a substituição das aeronaves.

Esta falha motivou críticas severas, nomeadamente do candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo, que a classificou como um “colapso da organização” e uma “vergonha”, afirmando: “Quando vi que os três 'Canadair' estavam inoperacionais, senti-me completamente envergonhado”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, respondeu indiretamente, pedindo que o tema não fosse usado politicamente e garantindo que a coordenação no terreno tem sido “espetacular”.

O líder do PS, José Luís Carneiro, desafiou o Governo a declarar o estado de contingência para reforçar os meios. Por sua vez, o partido Livre questionou o Primeiro-Ministro sobre o incumprimento das metas de limpeza da floresta, que, segundo os dados citados, ficaram abaixo de metade do previsto no Plano Nacional de Ação.

Luís Montenegro defendeu a resposta do executivo, garantindo que estão a ser usados “todos os meios ao nosso alcance” e que, embora os recursos não sejam “ilimitados”, está a ser feito o “máximo” esforço.

O Governo prolongou a situação de alerta até sexta-feira, dia 15 de agosto, face às previsões meteorológicas adversas.