A escolha do candidato do PSD à Câmara de Espinho escalou para o Tribunal Constitucional, após Ricardo Sousa, militante local, ter recorrido da decisão da jurisdição nacional do partido que validou a indicação de Jorge Ratola como cabeça de lista. A candidatura de Ratola foi imposta à revelia da estrutura concelhia, gerando uma crise interna que expõe as tensões no partido a nível local. O recurso para o Tribunal Constitucional representa o culminar de um processo de impugnação que começou dentro do próprio partido. A comissão política concelhia de Espinho opôs-se à escolha de Jorge Ratola, mas a direção nacional do PSD indeferiu o pedido para anular a sua indicação. Ricardo Sousa decidiu então levar o caso para a mais alta instância judicial, argumentando contra a legitimidade do processo de seleção do candidato.
Esta disputa interna ocorre num contexto eleitoral complexo em Espinho, onde a atual presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz, eleita pelo PS, se recandidata como independente.
A sua desvinculação do Partido Socialista ocorreu depois de este ter preferido o seu vereador, Luís Canelas, como cabeça de lista.
O cenário em Espinho fica assim marcado por divisões nos dois principais partidos, com o PSD a enfrentar uma batalha legal interna e o campo socialista fragmentado.
A decisão do Tribunal Constitucional será crucial para definir o futuro da candidatura social-democrata e poderá ter implicações significativas no resultado eleitoral de 12 de outubro.
Em resumoA luta pelo poder no PSD de Espinho atingiu o patamar judicial, com o recurso ao Tribunal Constitucional a evidenciar uma profunda fratura interna. Esta crise, somada à divisão no campo socialista, cria um cenário de incerteza e instabilidade política no concelho, a poucos meses das eleições autárquicas.