A decisão, descrita como uma “clara violação dos estatutos do PSD”, evidencia uma profunda divisão interna a poucos meses das eleições autárquicas.
Sofia Fernandes, que também é deputada na Assembleia da República, tinha sido escolhida e anunciada publicamente para liderar a lista à Assembleia Municipal.
No entanto, Mário Passos não aceitou a sua inclusão, nem a da maioria dos nomes propostos pelo partido, insistindo numa nova lista “a partir do zero”. Fontes internas do partido, citadas sob anonimato, afirmam que “a elaboração da lista é responsabilidade do partido” e que o que está a acontecer é uma “imposição do poder não legitimado pelo voto dos militantes”.
Sofia Fernandes acabou por ceder e retirar o seu nome para manter a coesão da equipa restante, num gesto que uma fonte descreveu como um “sacrifício pessoal em prol da sua equipa”.
O nome apontado para a substituir é o de Jorge Paulo Oliveira, chefe do grupo parlamentar do PSD na Assembleia da República.
Esta guerra interna reflete a tensão entre Mário Passos e a estrutura local do partido, liderada por Sofia Fernandes, que venceu as eleições para a concelhia contra o candidato apoiado por Passos e Cunha. A situação demonstra a dificuldade do candidato à Câmara em controlar a estrutura partidária local, apesar do apoio da distrital.














