João Cotrim Figueiredo confirmou a sua candidatura, afirmando pretender ser um “farol de referência” e apresentar uma visão de um “Portugal verdadeiramente mais moderno e arejado”.

O ex-líder da IL conseguiu reunir as 7.500 assinaturas necessárias em 48 horas, demonstrando capacidade de mobilização.

A sua entrada na corrida presidencial representa um desafio para os candidatos da área da direita, nomeadamente Luís Marques Mendes, podendo fragmentar o eleitorado. Do lado da esquerda, a desistência de António Sampaio da Nóvoa, que alegou não estarem reunidas as condições para uma “candidatura aberta e plural”, abriu espaço para uma nova candidatura. Catarina Martins, atual eurodeputada do BE, posicionou-se para preencher essa vaga, defendendo a necessidade de “uma Esquerda dialogante e capaz de propor um novo caminho para Portugal”. Fontes do partido indicam que o seu nome é consensual para representar o Bloco de Esquerda. A sua eventual candidatura seria a terceira vez que o BE apoia uma mulher para Belém, depois de Marisa Matias. Estas mudanças alteram a dinâmica da sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa, com um leque de candidatos que agora inclui figuras como Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes e António José Seguro, antecipando uma disputa mais fragmentada e ideologicamente marcada.