O PS, pela voz do seu líder parlamentar Eurico Brilhante Dias, acusou Luís Montenegro de andar “alheado do país, entre férias e uma festa”, referindo-se à sua presença na Festa do Pontal enquanto o país combatia as chamas. O líder do PS, José Luís Carneiro, criticou a “falta e descoordenação de meios operacionais no terreno” e defendeu que o Governo deveria ter declarado a situação de contingência e acionado mais cedo o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, que acabou por ser ativado. A pressão sobre o executivo intensificou-se com as críticas do candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo, que se mostrou “incrédulo e chocado com a postura de alguns responsáveis políticos”, acusando-os de estarem numa “bolha de cinismo frio perante o sofrimento”. Em resposta, o Primeiro-Ministro cancelou o restante período de férias e, juntamente com o Presidente da República, reuniu-se na sede da ANEPC.
No Pontal, Montenegro tinha afirmado que o Governo agia de forma “discreta, mas próxima” e que a avaliação do combate seria feita depois de “ganhar a guerra”. A crise dos incêndios, que já consumiram dezenas de milhares de hectares, tornou-se assim um campo de batalha político, testando a autoridade e a capacidade de gestão do novo Governo.














