Perante um país assolado por múltiplos incêndios, sobretudo nas regiões Norte e Centro, o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, viu-se forçado a interromper as suas férias e a visitar o comando da Proteção Civil.
Em declarações públicas, defendeu a atuação do dispositivo no terreno, afirmando manter “uma confiança total no nosso dispositivo. O nosso dispositivo está a 100% no terreno, disponível, não obstante estes 24 dias seguidos de severidade meteorológica, como não há registo no nosso país”.
Montenegro apelou à união e ao respeito pelos operacionais, reconhecendo o esgotamento geral, mas remeteu uma avaliação política para depois de “vencer a guerra”.
A resposta do Governo incluiu o prolongamento da situação de alerta e a ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, uma decisão que a oposição considerou tardia. A crise foi agravada por falhas admitidas no SIRESP, a rede de comunicações de emergência, com o comandante nacional a reconhecer “problemas pontuais” decorrentes do elevado número de operacionais no terreno.
A oposição não poupou nas críticas.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou o Primeiro-Ministro de se “eclipsar” e apontou “falhas na prevenção e preparação”, instando-o a convocar a Comissão Nacional de Proteção Civil.
O JPP requereu uma audição parlamentar urgente com Montenegro e a Ministra da Administração Interna, enquanto o Chega foi mais longe, exigindo a demissão da governante.














