Esta decisão deixa um vazio no eleitorado de esquerda moderada e aumenta a pressão sobre o PS e o seu potencial candidato, António José Seguro. Em contrapartida, no espaço liberal e de centro-direita, João Cotrim de Figueiredo, antigo líder da Iniciativa Liberal, confirmou a sua candidatura, afirmando querer ser um “farol de referência” e apresentar um projeto para um “Portugal verdadeiramente mais moderno”.

A sua entrada promete disputar votos com Luís Marques Mendes, o candidato apoiado pelo PSD.

A crise dos incêndios tornou-se um tema central para os pré-candidatos se demarcarem.

Henrique Gouveia e Melo adotou um tom duro, acusando os responsáveis políticos de estarem numa “bolha de cinismo frio perante o sofrimento” e criticando o que considera ser o “Estado do improviso”.

Em oposição direta, Luís Marques Mendes demarcou-se, apelando à “união” e afirmando que “este não é ainda o tempo de fazer um balanço, uma avaliação, ou fazer críticas”.

Esta divergência de posturas entre dois candidatos do mesmo espectro político revela estratégias distintas para captar o eleitorado e consolidar as suas bases de apoio.