O PS, que detém a maioria das câmaras, enfrenta o desafio de manter a sua hegemonia, especialmente com 47 dos seus presidentes de câmara a atingirem o limite de mandatos. O PSD, por sua vez, aposta fortemente nas áreas metropolitanas e em coligações alargadas, muitas delas incluindo o CDS-PP e, de forma inédita, a Iniciativa Liberal (IL), com o objetivo de reconquistar a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses. A IL, por seu lado, duplicou o número de candidaturas em relação a 2021, visando um “crescimento significativo do número de autarcas”. O Chega demonstrou uma ambição nacional, anunciando candidaturas em todos os 308 municípios e envolvendo 44 dos seus deputados como cabeças de lista a câmaras, numa estratégia de forte implementação territorial. À esquerda, a CDU (PCP-PEV) procura “consolidar e reforçar” as suas 19 câmaras, enfrentando a concorrência do Chega em alguns dos seus bastiões históricos no sul.
O Bloco de Esquerda aumentou o número de coligações, sobretudo com o Livre e o PAN, procurando alianças para reforçar a sua presença local após o resultado desfavorável nas últimas legislativas.
O PAN, por seu lado, diversificou as suas alianças, desde o BE até ao CDS-PP, o que gerou alguma contestação interna.
A entrega das listas em municípios como Santo Tirso, Famalicão, Valongo, Matosinhos, Lisboa e Porto oficializou o arranque da pré-campanha, que se antevê renhida.














