Esta troca de acusações evidencia uma profunda fratura entre o poder local e a empresa estatal, com potenciais implicações para o andamento de obras como a Linha Rosa e o metrobus. Numa reação a uma entrevista de Tiago Braga, a presidência da Câmara do Porto afirmou que “a política partidária impôs a incompetência para presidir a uma empresa vital para o Porto e para a Área Metropolitana”, considerando que “os resultados estão à vista”. Moreira contesta os prazos anunciados para a conclusão da Linha Rosa, que foi adiada para o primeiro trimestre de 2026, acusando a Metro de confundir “realidade com propaganda”.
Por seu lado, Tiago Braga defendeu-se, afirmando que a “crispação institucional com a Câmara do Porto ‘nunca foi’ originada pela transportadora”, mas admitiu que a mesma condicionou o desenvolvimento das obras. O autarca do Porto estranhou ainda a falta de uma “intervenção mais firme” do Governo na questão do metrobus, cuja operação pela STCP aguarda há dois anos por um memorando governamental.
Este conflito revela um desalinhamento significativo entre a autarquia e a empresa responsável por infraestruturas de mobilidade essenciais, refletindo uma luta por autoridade e controlo sobre projetos estratégicos para a cidade e a região.














