Começou a trabalhar na construção civil aos 12 anos e, mais tarde, na pesca do bacalhau, onde se destacou como contramestre.
A sua experiência no mar moldou a sua consciência política, levando-o a liderar o Sindicato Livre dos Pescadores e Profissões Afins durante mais de duas décadas.
Segundo o BE, Piló “foi uma voz firme em inúmeros conflitos”, denunciando “as injustiças do abate da frota nacional” e criticando “a inação dos governos face às lutas dos pescadores”.
O seu empenho estendeu-se à busca pela verdade sobre o naufrágio do navio Bolama, um dos maiores desastres na costa portuguesa.
No plano político, foi uma das figuras centrais na fundação do Bloco de Esquerda, tendo sido candidato à Câmara da Nazaré em 2005 e 2013. O núcleo do BE da Nazaré recordou-o como uma “figura emblemática” que deixou “um legado de coragem, dignidade e solidariedade”, destacando que esteve “sempre ao lado dos pescadores, das famílias, dos mais humildes e marginalizados”. A sua morte simboliza o fim de uma era para uma ala do partido profundamente ligada aos movimentos sindicais e de base.














