O conjunto de medidas visa mitigar os impactos imediatos da tragédia, abrangendo diversas áreas.

Para os bombeiros, foi anunciado um adiantamento de até 50 mil euros para as corporações dos concelhos mais afetados, de modo a fazer face a despesas “extraordinárias”. Para as famílias, o Governo definiu um apoio para a reconstrução de habitações de residência própria, com uma comparticipação “a 100% até ao montante de 250 mil euros”, sendo o valor remanescente comparticipado a 85%. O pacote inclui ainda apoios financeiros diretos a famílias carenciadas, reforço dos cuidados de saúde e ajudas para a aquisição de bens essenciais, como alimentação animal. Para as empresas e agricultores, estão previstas medidas de compensação por perda de rendimento, isenções de contribuições para a Segurança Social e um apoio excecional de até 10 mil euros para prejuízos não documentados.

A resposta do executivo foi, no entanto, recebida com ceticismo e críticas por parte de toda a oposição, que a considerou tardia e insuficiente. A gestão política da crise foi particularmente abalada pela polémica realização da Festa do Pontal do PSD enquanto o país ardia, o que levou Montenegro a reconhecer que pode ter contribuído “para que a perceção de que o acompanhamento não era tão próximo” se tenha instalado, embora considerando-a uma “injustiça”.