A mobilização sinaliza o primeiro grande confronto social entre a maior central sindical do país e o novo executivo, num claro realinhamento de forças no campo da contestação política.
O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, classificou a proposta do Governo como “um assalto aos direitos dos trabalhadores” e uma “afronta à Constituição da República Portuguesa”.
A central sindical considera que as medidas propostas visam a “perpetuação e agravamento dos baixos salários, promovem a desregulação dos horários, multiplicam os motivos e alargam os prazos para os vínculos precários, facilitam os despedimentos e limitam a defesa e reintegração dos trabalhadores”.
A crítica estende-se a áreas como os direitos de maternidade e paternidade, a contratação coletiva e o direito à greve, que, segundo a CGTP, são atacados de forma profunda. O apelo à mobilização surge num contexto em que a central sindical acusa o Governo de estar “completamente alheado da realidade do povo e do país”, incapaz de compreender as dificuldades de quem vive com o salário mínimo. A convocatória para a jornada de luta foi reforçada por um abaixo-assinado subscrito por mais de 200 personalidades, incluindo as ex-ministras da Saúde Marta Temido e Ana Jorge e o antigo líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, que apelam à união entre a CGTP e a UGT para uma resposta eficaz àquilo que consideram ser uma “contrarreforma laboral”.














