Estes dados, recolhidos antes do pico da crise dos incêndios, revelam uma reconfiguração do panorama político e um fortalecimento contínuo do bloco de direita.
De acordo com o estudo, a coligação governamental AD (PSD-CDS) subiu para 27,2% das intenções de voto, enquanto o PS cresceu para 24,1%.
O Chega também reforçou a sua posição, alcançando 20,8%.
A proximidade entre os três partidos, dentro da margem de erro, sugere um eleitorado volátil e uma competição acirrada pelo poder.
A sondagem destaca ainda que a direita continua a crescer, com a Iniciativa Liberal a ultrapassar o Livre, que registou a maior queda.
A CDU também perdeu terreno, aprofundando a fragmentação no campo da esquerda.
Outro dado relevante é a perceção dos eleitores sobre as próximas eleições autárquicas, com mais de um quarto a acreditar que o Chega poderá conquistar mais câmaras municipais do que o PS, um resultado considerado “inédito” e que reflete o desgaste dos socialistas.
A avaliação dos líderes partidários permanece estável, com André Ventura a ser o único a registar uma ligeira melhoria, embora nenhum dirigente alcance uma apreciação globalmente positiva.
Estes resultados, embora prévios aos eventos mais marcantes do verão, apontam para um equilíbrio de forças tripartido e um desafio à estabilidade governativa, num contexto em que a maioria dos inquiridos (63,3%) defende que o Governo deve manter-se em funções mesmo em caso de derrota nas autárquicas.














