No anúncio do pacote de 45 medidas, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, destacou o “reforço dos cuidados de saúde nas zonas afetadas, incluindo a isenção de taxas moderadoras”.
A reação de Marta Temido foi imediata: “Confesso que estremeci ao ouvir.
As taxas moderadoras já não existem no Serviço Nacional de Saúde, salvo urgências não referenciadas, desde maio de 2022”, escreveu na rede social X, criticando a falta de rigor na comunicação do Governo “em momentos tão difíceis”. A intervenção da eurodeputada socialista teve ampla repercussão, forçando o Governo a especificar, no comunicado do Conselho de Ministros divulgado no dia seguinte, que a medida se aplicava apenas “nas urgências para doentes não referenciados”.
O episódio foi interpretado pela oposição e por analistas como uma gaffe que revela desatenção e fragilidade comunicacional por parte do novo executivo.
A necessidade de corrigir uma medida de apoio acabou por desviar o foco da mensagem principal do Governo, transformando um gesto de solidariedade numa demonstração de vulnerabilidade política.














