Num Conselho de Ministros extraordinário realizado em Viseu, o executivo aprovou um conjunto de apoios urgentes para as populações, empresas e autarquias afetadas. Entre as medidas destacam-se o apoio à reconstrução de habitações de primeira residência, com comparticipação de 100% até 250 mil euros, e um apoio excecional de até 10 mil euros para agricultores, mesmo sem despesas documentadas. O plano inclui ainda isenções de contribuições para a Segurança Social, apoios à tesouraria das empresas e um regime de 'lay-off' simplificado.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu que "nem tudo correu bem" no combate aos fogos e reconheceu que a sua atuação pode ter contribuído para uma "perceção" de distanciamento, numa tentativa de 'mea culpa' após as críticas. Simultaneamente, o Governo propôs um plano de intervenção para as florestas para os próximos 25 anos, a ser debatido na Assembleia da República, com o objetivo de criar um "verdadeiro pacto" nacional. Esta iniciativa surge após alertas de associações como a Zero sobre os atrasos no Plano de Intervenção da Floresta. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou rapidamente o diploma com as medidas de apoio, mas alertou para a necessidade de as leis serem cumpridas, ecoando a urgência sentida no terreno.