A configuração das alianças reflete uma polarização crescente e antecipa uma das batalhas eleitorais mais renhidas do país.
Carlos Moedas, eleito pelo PSD, lidera agora uma frente de direita que, pela primeira vez, inclui formalmente a Iniciativa Liberal, além do tradicional parceiro CDS-PP.
Numa carta aberta aos lisboetas, Moedas pede uma maioria que lhe dê "plenas condições para governar", argumentando que em quatro anos em minoria não foi possível recuperar os "14 anos perdidos da governação socialista".
A sua estratégia passa por capitalizar o trabalho feito e agregar o eleitorado de direita e liberal, excluindo o Chega da coligação.
Do outro lado, a ex-ministra socialista Alexandra Leitão conseguiu unir uma frente de esquerda que, além do PS, conta com o apoio do Bloco de Esquerda e do Livre, uma novidade em relação a 2021.
Esta aliança visa reconquistar a capital, perdida para Moedas no último sufrágio, e contrariar a fragmentação do voto progressista.
A CDU, no entanto, optou por apresentar uma candidatura própria, encabeçada por João Ferreira, recusando integrar a coligação e equiparando o PS à direita por ter viabilizado os orçamentos de Moedas.
A corrida conta ainda com outras candidaturas, como a do Volt, que pediu a impugnação das listas do Chega, alegando irregularidades nos órgãos internos do partido de extrema-direita.














