A iniciativa do Chega, que visa investigar os "negócios do fogo" e a gestão política desde 2017, foi recebida com ceticismo pelos dois maiores partidos.
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, classificou a proposta como "despropositada e inútil", acusando André Ventura de se aproveitar "da dor dos portugueses".
Da mesma forma, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou a proposta oportunista, afirmando que foi feita por um partido "que descobriu dez dias depois o que estava a acontecer no país".
Em contrapartida, tanto o PSD como o PS manifestaram abertura para a criação de uma comissão técnica independente, proposta pelos socialistas, que permitiria um "olhar externo" para avaliar as falhas na prevenção e combate aos incêndios de 2025.
Perante a provável rejeição da sua proposta, o Chega admitiu avançar com a CPI através do seu direito potestativo, o que forçaria a sua constituição sem necessidade de aprovação maioritária.
O Bloco de Esquerda e o JPP também anunciaram a intenção de propor comissões de inquérito, indicando que a fiscalização política da gestão dos incêndios será um tema central no regresso dos trabalhos parlamentares.














