Esta acusação marca um ponto de viragem na postura da oposição, que responsabiliza diretamente o executivo por falhas operacionais e desinvestimento estrutural. Durante uma conferência de imprensa na Lousã, Carneiro afirmou que, se fosse primeiro-ministro, "não teria autorizado as alterações que foram feitas na Autoridade Nacional de Proteção Civil". Para o líder socialista, "só um partido com falta de sentido de Estado faria aquilo que foi feito". A crítica estende-se à abordagem do Governo às políticas herdadas, considerando inaceitável que o trabalho "sério, rigoroso e metódico" realizado pelos executivos do PS após os incêndios de 2017 esteja a ser colocado "de lado, sem um diálogo prévio".
José Luís Carneiro instou o Governo a não passar "sobre estes assuntos como gato sobre brasas", exigindo uma prestação de contas sobre a execução das políticas e investimentos anteriores, muitos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O líder do PS sublinhou ainda que, no seu percurso pela Estrada Nacional 2, sentiu que as populações do interior se sentem "desconsideradas pelo primeiro-ministro", reforçando a necessidade de o Governo responder às perguntas que estão a ser feitas e demonstrar que está a servir o país.














