Uma recente sondagem revela uma preferência maioritária dos portugueses por Mário Centeno para a liderança do Partido Socialista, em detrimento do atual secretário-geral, José Luís Carneiro. Este resultado surge num momento de redefinição do partido e indica uma potencial dinâmica de poder, apesar de Centeno não ter assumido qualquer candidatura formal ao cargo. De acordo com a sondagem da Intercampus para o Negócios e o Correio da Manhã, 56,3% dos inquiridos consideram que o governador demissionário do Banco de Portugal seria uma melhor opção para liderar os socialistas. Em contrapartida, 35,8% dos inquiridos preferem a continuidade de José Luís Carneiro.
A preferência por Centeno é particularmente acentuada entre os homens (57,3%), os cidadãos com 55 ou mais anos (56,8%) e os residentes nas regiões de Lisboa (61,8%) e Algarve (59,2%).
A sondagem também revela que, quando questionados diretamente se Mário Centeno seria um bom líder para o PS, a opinião pública encontra-se dividida, com 33,4% a responder afirmativamente, 33,9% negativamente e 32,7% a não saberem ou não responderem.
A especulação sobre o futuro político de Centeno intensificou-se após o anúncio da sua saída do Banco de Portugal. Em entrevista à RTP, o ex-ministro das Finanças de António Costa manteve o futuro em aberto, afirmando que a expressão "o futuro a Deus pertence" é a mais adequada para descrever a sua situação, em vez de um definitivo "dessa água não beberei".
Em resumoA sondagem expõe um desafio de popularidade para a liderança de José Luís Carneiro, sugerindo que uma parte significativa do eleitorado vê em Mário Centeno um perfil mais forte para liderar a oposição. Embora Centeno se mantenha ambíguo quanto ao seu futuro, a sua elevada notoriedade e a perceção de competência económica podem influenciar as futuras dinâmicas internas e a estratégia do Partido Socialista.