O debate, realizado na Comissão Permanente da Assembleia da República, foi marcado pela defesa do primeiro-ministro, que garantiu que o executivo esteve “sempre ao leme” na coordenação do combate, embora admitindo que “nem tudo correu bem”.
A oposição, contudo, apresentou uma frente unida de críticas.
José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, acusou o Governo de “grande insensibilidade” pela realização da Festa do Pontal durante a crise e de ter promovido a “decapitação de várias estruturas intermédias” da Proteção Civil. André Ventura, do Chega, classificou a atuação governamental como “incompetência”, questionando o atraso na ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, destacou que, no plano de 45 medidas anunciado pelo Governo, “zero são para os bombeiros”, uma crítica que ecoou em vários quadrantes. Em resposta a esta pressão, a Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou posteriormente um aumento de 25% no vencimento diário para os bombeiros que combateram os grandes incêndios.
A crise política estendeu-se à proposta de fiscalização futura, com Chega, BE e JPP a anunciarem comissões parlamentares de inquérito (CPI), tendo o Chega garantido que irá impor a sua através do direito potestativo.
O PS propôs uma comissão técnica independente, uma via que o PSD indicou ver “com bons olhos”, sinalizando um alinhamento contra a politização da análise técnica.














