Segundo Melo, se essa decisão tivesse sido mantida, os aviões “estariam cá em 2017”.

O ministro assegura que foi o atual governo de Luís Montenegro que desbloqueou a compra, embora as aeronaves só cheguem agora em 2029 e 2030, um adiamento que atribui à inação socialista. Em resposta, José Luís Carneiro, citado por Nuno Melo, teria afirmado que a decisão de compra foi de um executivo do PS. A troca de acusações insere-se no debate mais vasto sobre a gestão dos incêndios deste verão e a preparação do dispositivo de combate. O Governo da AD procura responsabilizar a governação anterior pela falta de meios aéreos próprios do Estado, enquanto o PS defende o seu legado e acusa o atual executivo de falhas.

Este conflito sobre a cronologia e responsabilidade política na aquisição de equipamento estratégico para a proteção civil evidencia uma profunda divergência na avaliação das políticas de defesa e administração interna das últimas legislaturas.