A líder do BE defendeu que, por ser deputada, goza de uma “proteção diplomática” que seria “útil a esta missão” e que o Governo português “tem a obrigação moral, mas também legal, de usar todos os esforços” para garantir a segurança da flotilha.
A resposta do executivo foi taxativa.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que a iniciativa é da sociedade civil e que “o Estado português não organizou esta missão, o Estado português não está vinculado a esta missão”. Rangel foi mais longe, questionando as intenções do pedido: “Não vamos agora pôr a frota da Armada Portuguesa a acompanhar esta flotilha ou a desencadear uma guerra contra Israel, não sei bem o que é que se pretende”.
O MNE clarificou que, como a qualquer cidadão português, será garantida a proteção consular em caso de problemas, mas rejeitou a responsabilidade de escoltar ou proteger ativamente a embarcação. Este episódio evidencia um claro choque entre a ação política de uma líder partidária e a diplomacia oficial do Estado, levantando um debate sobre os limites da imunidade parlamentar e as responsabilidades do Governo perante iniciativas civis de alto risco em zonas de conflito.














