A Procuradoria-Geral da República (PGR), liderada por Amadeu Guerra, justifica a alteração com a “necessidade de otimizar os recursos existentes”, num contexto de “reconhecida e notória carência de recursos humanos”.

No entanto, esta visão não é partilhada pelo SMMP, que liderou uma greve de cinco dias com uma adesão entre 75% e 100%, argumentando que a polivalência forçada compromete a qualidade e a eficácia da justiça.

Embora o sindicato, presidido por Paulo Lona, não tenha agendada nenhuma greve para setembro, já anunciou que irá trabalhar “noutras formas de protesto” ao longo do mês.

A implementação deste movimento, apesar da forte contestação, representa uma mudança significativa na organização interna do Ministério Público e evidencia uma tensão latente entre a sua direção e os magistrados que representa.