O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, apelou ao “sentido de responsabilidade e de realismo” de todos os partidos e do Governo, sublinhando a importância de “encontrar as pontes e as zonas de consenso” para resolver os problemas do país.

No entanto, a dinâmica parlamentar revela tensões.

A deputada do Chega, Rita Matias, afirmou que o partido quer ser o “parceiro preferencial” do Governo, argumentando que essa preferência foi “decidida pelos portugueses” nas eleições.

Esta posição contrasta com a do Livre, cujo porta-voz, Rui Tavares, instou o executivo a não manter um “namoro preferencial” com o Chega e a dialogar com a “verdadeira pluralidade no parlamento”. Apesar das reivindicações do Chega, o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, manifestou-se satisfeito com o clima “sério, construtivo e de grande credibilidade” das reuniões iniciais com Chega, Livre e Iniciativa Liberal, garantindo que “o Governo está disponível para negociar com todos” e que “não existe qualquer lógica de preferência”. O Governo encara as negociações com otimismo, esperando que sejam mais fáceis do que as do ano anterior, o que “traria tranquilidade à sociedade portuguesa”.