O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, anunciou que o valor máximo da propina, congelado em 697 euros desde 2020, passará para 710 euros e será atualizado com base na inflação de 2025. O ministro argumentou que o congelamento “favorece mais os alunos com rendimentos mais elevados” e que as propinas são essenciais para as instituições prosseguirem “estratégias de excelência”.
A resposta da oposição foi imediata e contundente.
O Bloco de Esquerda, através da dirigente Joana Mortágua, classificou a medida como “um ajuste de contas contra os estudantes” e contra “a ideia do ensino superior democrático, universal e para todos”. O partido anunciou que irá apresentar uma proposta no Orçamento do Estado para “travar o aumento de propinas”, desafiando todos os partidos a votarem a favor.
O PCP também se opôs firmemente, com a líder parlamentar Paula Santos a considerar que a medida significa “um retrocesso” e a “elitização ainda maior do ensino superior”.
Os comunistas requereram a audição urgente do ministro no parlamento para prestar esclarecimentos.
A contestação estendeu-se à sociedade civil, com o Conselho Nacional de Juventude a manifestar a sua oposição, e associações de estudantes a prometerem “dar resposta nas ruas”, considerando a proposta “terrorista”.














