A oposição, nomeadamente o Chega e figuras proeminentes do PS, exige a responsabilização do presidente da Câmara, Carlos Moedas, com o espectro das próximas eleições autárquicas a intensificar o debate.

A resposta política à tragédia foi imediata e incisiva.

O Chega anunciou a apresentação de uma moção de censura ao executivo camarário, com o seu candidato à autarquia, Bruno Mascarenhas, a defender “o apuramento de responsabilidades por parte do executivo”.

A pressão mais significativa partiu, contudo, do antigo líder socialista Pedro Nuno Santos, que considerou a demissão de Carlos Moedas “inevitável”.

Numa publicação nas redes sociais, argumentou que “Moedas é prisioneiro das suas próprias declarações em 2021, quando exigiu a demissão de Fernando Medina” por um “erro técnico”, estabelecendo um paralelo direto entre os dois casos e invocando a necessidade de coerência política.

O PS na autarquia lisboeta também se mobilizou, forçando a Carris a entregar, no prazo de 24 horas, toda a documentação relativa aos contratos de manutenção do elevador, relatórios de vistorias e denúncias recebidas. Os socialistas propuseram ainda a criação de um memorial e de um fundo de apoio às vítimas. Em contraponto, o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, apelou a que a tragédia não fosse usada para “manobras de aproveitamento político”, um sentimento ecoado pelo próprio Carlos Moedas, que prometeu investigações rigorosas para apurar as causas do acidente.