O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recusou negociar com “ultimatos ou linhas vermelhas”, enquanto o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, apelou à “responsabilidade e realismo” de todos os partidos.

O Chega, após a primeira reunião, reclamou o estatuto de “parceiro preferencial”, afirmando que existem “condições favoráveis” para viabilizar o orçamento, mas exigiu que o Governo “não ande aos ziguezagues”.

Em resposta, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, afirmou que o Governo negociará “com todos os grupos parlamentares”, sem “lógica de preferência”.

O PS, por sua vez, avisou que se oporá a qualquer proposta orçamental que inclua as alterações à legislação laboral pretendidas pelo executivo, uma condição que o Governo parece ter aceitado, garantindo que o tema não figurará no documento.

O Livre e a Iniciativa Liberal também foram ouvidos, com o Livre a criticar o “namoro preferencial” do Governo com o Chega e a IL a manter-se crítica, afirmando que o OE seguirá a “mesma linha do ano passado”.

As projeções macroeconómicas apresentadas indicam um crescimento a rondar os 2% e um excedente de 0,1%, valores que o PS considera “claramente aquém das promessas eleitorais da AD”.