A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) confirmou as decisões, que os sindicatos consideram uma “perseguição” e uma tentativa de transformar os guardas em “bodes expiatórios de um sistema falhado”.

Frederico Morais, do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), lamentou o arquivamento do processo ao diretor, afirmando que “o poder institucional sobrepôs-se ao corpo da guarda prisional”.

Os sindicatos anunciaram que vão recorrer das penas, acusando a DGRSP de criar as condições para a fuga devido a um sistema “deficitário, obsoleto, falido”, com um efetivo em Vale de Judeus “abaixo de 40%” do adequado. Em resposta à fuga, o Ministério da Justiça anunciou que a instalação de inibidores de sinal para telecomunicações e drones no estabelecimento prisional deverá estar concluída até ao final do ano, num investimento de 664 mil euros, e que a execução do plano de reforço de segurança nas 49 prisões do país “já ultrapassa os 50%”.