As suas intervenções revelam diferentes abordagens sobre os poderes presidenciais, a revisão constitucional e a relação com o sistema partidário.

Henrique Gouveia e Melo posicionou-se como um candidato “suprapartidário”, afirmando que o seu “único partido é Portugal”.

Defendeu que há vantagens em “não ser um político tradicional” e recusou uma “caça às bruxas” no rescaldo do acidente do Elevador da Glória, pedindo uma investigação a fundo sem aproveitamentos políticos.

Sobre a Constituição, considerou que, embora haja “margem para melhorar”, a sua revisão não é uma prioridade, defendendo que os poderes presidenciais atuais “são suficientes”.

João Cotrim de Figueiredo, por sua vez, assumiu o objetivo de chegar à segunda volta das eleições.

O candidato liberal defendeu uma revisão constitucional para tornar a Lei Fundamental “muito mais sucinta e menos interventiva”.

Contrariamente a Gouveia e Melo, Cotrim de Figueiredo propôs um reforço dos poderes presidenciais, defendendo a existência de “vetos que não fossem ultrapassáveis” pelo parlamento, ainda que em número reduzido. Sobre o acidente em Lisboa, considerou que o vereador com o pelouro deveria ser afastado caso se apurasse que as falhas técnicas resultaram de opções políticas.