Os dois históricos dirigentes sindicais consideram o anteprojeto um “ataque aos direitos dos trabalhadores” e um “recuo civilizacional”.
Numa conferência de imprensa conjunta, sob o lema “Convergir, Unir e Resistir”, Carvalho da Silva e Torres Couto instaram as atuais direções da CGTP e da UGT a atuarem em consonância na concertação social e a exercerem influência junto dos partidos da oposição, em particular do PS, para que rejeitem as medidas. A proposta do Governo, que prevê, entre outras alterações, a facilitação dos despedimentos e o aumento dos períodos dos contratos a termo, foi comparada às ofensivas laborais dos tempos de Cavaco Silva em 1988 e de Passos Coelho durante a intervenção da Troika.
Manuel Carvalho da Silva considerou que “não havia qualquer dinâmica que viesse das empresas” que justificasse este retrocesso. Torres Couto classificou o pacote como uma medida que um sindicalista não pode assinar, afirmando que, embora a greve geral seja um “ativo importante”, existem passos intermédios a dar, como a ação junto dos órgãos de soberania, incluindo o Presidente da República, que ambos esperam que possa ser um “aliado para rebater muitas destas medidas”.














