Na sequência do acidente que vitimou 16 pessoas, a pressão sobre Carlos Moedas intensificou-se, tornando-se um ponto central da pré-campanha para as eleições autárquicas. A defesa do autarca assenta na distinção entre responsabilidade política e culpa direta, afirmando que só se demitirá se for provado que uma decisão sua comprometeu a manutenção do equipamento. Moedas assegurou que o investimento na Carris aumentou durante o seu mandato, uma afirmação contestada pela oposição, que aponta para uma redução no investimento específico para os elevadores.
A controvérsia atingiu o auge quando Moedas comparou a sua situação com a de Jorge Coelho na tragédia da ponte de Entre-os-Rios, alegando que o ex-ministro socialista tinha conhecimento prévio de fragilidades estruturais.
Esta declaração foi veementemente rebatida por figuras do PS, incluindo António Costa, Ferro Rodrigues e Fernando Medina, que a classificaram como uma "falsidade" e um "ataque à memória de uma pessoa que não se pode defender". A oposição recorda ainda que, em 2021, Moedas exigiu a demissão de Fernando Medina no caso "Russiagate" por um "erro técnico", um padrão de exigência que agora lhe é cobrado.
O Chega avançou com uma moção de censura na Assembleia Municipal, enquanto o PS e outros partidos da oposição exigem esclarecimentos cabais, transformando a gestão da crise num teste decisivo à liderança de Moedas e num tema central para o escrutínio dos eleitores lisboetas.














