A decisão judicial gerou reações do PS e do PCP, que exigem audições parlamentares para apurar responsabilidades e discutir a eficácia da supervisão. O Tribunal da Relação de Lisboa deu razão aos bancos ao considerar que o tempo de espera pelos recursos junto do Tribunal de Justiça da União Europeia contava para os prazos de prescrição, o que anulou as coimas aplicadas pela Autoridade da Concorrência (AdC). Este desfecho foi visto como gerador de uma "grave perceção de impunidade das instituições financeiras", uma vez que as práticas foram reconhecidas como ilícitas, mas a morosidade processual impediu a aplicação de sanções.
Em resposta, o grupo parlamentar do PS requereu audições do presidente da AdC, do governador do Banco de Portugal, da Associação Portuguesa de Bancos e das administrações da CGD, BCP, Santander e BPI. Os socialistas argumentam que, apesar da prescrição, os factos foram considerados ilícitos e reforçam a necessidade de "escrutínio parlamentar".
O PCP também apresentou iniciativas semelhantes, sublinhando o desequilíbrio na fiscalização do setor financeiro.
A AdC, por sua vez, afirmou ter feito "tudo o que pôde" para que a infração fosse punida, lembrando que a sua decisão foi confirmada por dois tribunais.














