O episódio dominou a atualidade política, levantando questões sobre o rigor e a forma de oposição do líder do Chega.

A controvérsia começou quando Ventura publicou um vídeo nas redes sociais, entretanto apagado, acusando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de se deslocar à Alemanha para participar num "festival de hambúrgueres à conta dos impostos" dos portugueses.

Na realidade, o Bürgerfest é um evento oficial organizado pelo Presidente alemão para "honrar o trabalho voluntário e promover o envolvimento cívico dos cidadãos", tendo Portugal como país convidado este ano.

Confrontado com o erro, Ventura admitiu ter cometido um "lapso", justificando-o com um erro de escrita num documento oficial da Presidência da República.

No entanto, recusou pedir desculpa e insistiu nas críticas, acusando o Presidente de realizar "viagens absolutamente desnecessárias".

O episódio suscitou reações irónicas de várias figuras políticas, como o ex-ministro da Educação João Costa, que provocou: "Digam ao André Ventura que, se o PR for aos Camarões, não é a um festival de marisco". O candidato presidencial António Filipe (PCP) lamentou que Ventura tenha "dificuldade em distinguir um cidadão de um hambúrguer". O caso foi amplamente visto não apenas como um erro, mas como um reflexo de uma "política de ruído, sem substância, sem trabalho, sem estudo", como descreveu um artigo de opinião.