A decisão, comunicada durante o Conselho Nacional, visa consolidar a sua liderança interna, independentemente do seu envolvimento na corrida às eleições presidenciais. A declaração de Ventura foi clara e estratégica, dissociando o seu futuro no partido do seu papel na cena política nacional.

"Quero-vos deixar hoje aqui claro, [...] independentemente de avançar ou não para as eleições presidenciais e independentemente do seu resultado: Eu vou-me recandidatar a presidente do Chega, porque entendo que o meu trabalho não está terminado", afirmou. Este anúncio ocorre num momento crucial para o partido, que se reunia precisamente para discutir a estratégia para as eleições presidenciais.

Ao confirmar a sua intenção de continuar a liderar o Chega, Ventura envia um sinal de estabilidade e controlo aos militantes e ao eleitorado, assegurando que a sua liderança não está dependente de uma candidatura a Belém.

A decisão ganha ainda mais relevância dado o contexto da última Convenção Nacional do partido, em janeiro do ano anterior, cujas eleições para os órgãos nacionais foram invalidadas pelo Tribunal Constitucional.

Uma nova eleição interna, com a sua recandidatura, servirá para legitimar e reforçar a sua autoridade, num período de crescimento significativo do partido nas sondagens.