A investigação, segundo os artigos, centra-se na alegada circulação de dinheiro entre empresas detidas por João Moura e a sua mulher, bem como na omissão de um imóvel de luxo na Golegã na sua declaração de rendimentos à Entidade para a Transparência (EpT). O governante defende-se alegando que suspendeu a sua quota na empresa proprietária do imóvel, mas que não conseguiu formalizar o ato no Registo Comercial. A polémica adensa-se com a denúncia de que Moura integrou a comissão de honra de uma tourada, atividade sob a sua tutela, o que o PAN considera um "flagrante conflito de interesses". A deputada única do partido, Inês Sousa Real, já submeteu perguntas ao primeiro-ministro e pediu a audição do secretário de Estado no Parlamento, questionando: "Do que é que Luís Montenegro está à espera?!"
Este caso representa um teste significativo à integridade do executivo da AD, colocando em causa a sua capacidade de fiscalização interna e de resposta a crises. A pressão da oposição e a gravidade das suspeitas, que incluem ligações passadas a um dos grandes devedores do Novo Banco, João Gama Leão, aumentam a instabilidade e podem forçar uma remodelação governamental, fragilizando a imagem de um governo que ainda se encontra numa fase inicial de mandato.














