Esta decisão surge após a conclusão do processo de audição dos grupos parlamentares na Assembleia da República, faltando apenas uma última conversa entre o ministro, o primeiro-ministro Luís Montenegro e o Presidente da República.

Paulo Rangel sublinhou que esta movimentação está a ser coordenada com outros parceiros europeus, mencionando especificamente o Reino Unido, França, Luxemburgo e Bélgica, que também ponderam uma decisão semelhante.

O ministro rejeitou acusações de dualidade de critérios na política externa portuguesa, argumentando que "este governo foi o governo que até agora mais fez pela solução dos dois Estados". Como prova desse empenho, Rangel revelou ter dado instruções à delegação portuguesa na ONU para condenar de forma veemente a "atuação extraterritorial de Israel" no Catar, distinguindo o combate ao Hamas de incursões no território de um Estado mediador. Esta posição demarca uma linha clara na política externa do atual executivo, alinhando Portugal com um número crescente de nações europeias que defendem uma solução de dois Estados como via para a paz no Médio Oriente.