O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, assegurou que Portugal está preparado para reforçar a sua presença militar no flanco Leste da NATO, caso seja necessário. Esta posição surge como resposta direta ao anúncio da operação 'Sentinela de Leste' pela Aliança Atlântica, na sequência de um incidente com drones russos que violaram o espaço aéreo da Polónia. Nuno Melo enfatizou que qualquer decisão será tomada em alinhamento com os parceiros da NATO, afirmando que o "esforço português vai sempre sendo feito em linha com o contexto de decisão dos aliados", mas ressalvando que também dependerá das "possibilidades operacionais" do país. O ministro foi cauteloso, sublinhando que Portugal "não pode dar o que não tem", mas que está "no limite do seu esforço para estar à altura do que é pedido".
A decisão final sobre a participação portuguesa na operação 'Sentinela de Leste' ainda não foi concretizada e está pendente de reuniões a nível militar, nomeadamente com o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
Numa outra intervenção, Nuno Melo apelou à racionalidade, afirmando que "não devemos reagir emocionalmente" ao incidente, para evitar uma escalada do conflito.
Esta postura reflete uma mudança na dinâmica de segurança europeia, com Portugal a reafirmar o seu compromisso com a defesa coletiva da Aliança, num contexto de crescente tensão com a Rússia.
Em resumoEm resposta a provocações russas na Polónia, o Ministro da Defesa, Nuno Melo, declarou a prontidão de Portugal para aumentar a sua presença militar no Leste europeu, no âmbito da NATO. A decisão final está pendente, mas sinaliza um alinhamento estratégico com os aliados e uma adaptação à nova realidade de segurança na Europa.