Carneiro argumentou que o Governo "prometeu mundos e fundos" mas, ao fim de um ano e meio, a situação piorou.

Na saúde, apontou a "emergência hospitalar" como um exemplo flagrante, mencionando especificamente os problemas nas urgências de obstetrícia no distrito de Setúbal. O líder socialista criticou a inação do Governo perante a sua proposta de criação de uma unidade de coordenação de emergência. No setor da educação, o problema da falta de professores foi o foco principal.

Carneiro alertou que o número de alunos sem pelo menos um professor poderá ser superior a 100 mil, argumentando que os números sindicais de 93 mil estão "subestimados". Adicionalmente, referiu a existência de 10 mil vagas por preencher no acesso ao ensino superior como um "retrocesso aparente", possivelmente ligado às dificuldades económicas das famílias.

O líder da oposição acusou o Governo de uma estratégia de "desresponsabilização", comparando a situação atual com as crises nos incêndios e no INEM, onde, na sua perspetiva, a culpa foi sistematicamente atribuída a outros, sem que a ministra da Saúde ou o primeiro-ministro assumissem responsabilidades.