José Luís Carneiro foi explícito ao afirmar que o OE2026 não deve conter "normas orçamentais que sejam 'cavaleiros orçamentais'", ou seja, medidas que, sob a capa do orçamento, promovam mudanças estruturais em áreas sensíveis.
O líder socialista criticou as propostas de alteração à lei laboral apresentadas pelo Governo, considerando-as "retrocessos que não são aceitáveis" por fragilizarem os trabalhadores mais jovens e as mulheres.
Esta demarcação clara do PS coloca o Governo de minoria numa posição delicada, necessitando de apoio parlamentar para aprovar o documento. A reação do PCP, pela voz de Paulo Raimundo, foi de desconfiança, acusando o PS de utilizar esta questão como uma forma de "justificar a sua participação ativa na discussão do Orçamento, que não serve ao país". Esta dinâmica revela a competição pela liderança da oposição à esquerda e a complexidade do xadrez parlamentar que o Governo enfrentará, onde o apoio do PS se torna crucial, mas condicionado a garantias de proteção do Estado Social.














