A discussão reflete as diferentes e, por vezes, conflituantes visões estratégicas para o futuro do território florestal português, um tema de importância crítica para o país.

O plano do Governo, intitulado 'Floresta 2050, Futuro + Verde', assenta em quatro pilares estratégicos: valorização, resiliência, propriedade e governança.

O executivo propõe 61 ações de curto prazo e 88 de médio prazo, visando potenciar o valor económico da floresta e promover um território mais seguro e produtivo, com financiamento assegurado por fontes nacionais e europeias, como o PRR e a Política Agrícola Comum.

No entanto, as propostas da oposição revelam abordagens distintas e mais focadas.

O PAN apresentou um projeto de lei para um "programa nacional de deseucaliptização", com prémios para o arranque de eucaliptos e apoios à rearborização com outras espécies.

Por sua vez, o PS focou-se na revisão do regime da propriedade rústica, argumentando que a fragmentação do território é um "constrangimento grave" à gestão florestal e à prevenção de incêndios.

O Chega recomendou ao Governo que promova a reflorestação com espécies autóctones e a criação de perímetros de segurança em torno de aldeias.

Já o Livre centrou a sua proposta na "valorização da profissão e a contratação de sapadores florestais".

Este leque de iniciativas demonstra a ausência de um consenso nacional sobre a matéria, com o Governo a defender uma estratégia abrangente e de longo prazo, enquanto os partidos da oposição procuram influenciar a política com medidas mais específicas e imediatas.